Olá!
Ainda estou por aqui ...(risos)
Para hoje, um texto de Edna Frigato.
Sobre Edna Frigato:
Edna Frigato é uma escritora e professora de Geografia de São Paulo que se tornou popular através da publicação de seus textos e poemas nas redes sociais.
"A beleza que há por trás da tristeza"
Embora o mundo cobre que sejamos felizes o tempo todo, nós sabemos que isso não é possível.
As manifestações de auto ajuda, os meios de comunicação, as redes sociais tentam nos vender a todo custo a utopia da felicidade perene, nos bombardeiam com essa cobrança descabida e com isso nos roubam o direito à tristeza.
Como podemos ser felizes o tempo todo se não se pode ser feliz com dores e, estamos rodeados delas, algumas nossas, outras de entes queridos e há ainda as dores do mundo que nos atingem mesmo à distância.
Somos uma engrenagem delicada acionada por um simples toque do pensamento, um cheiro, um gosto, uma imagem, um som que imediatamente nos remete à lembranças, algumas felizes, outras nem tanto assim.
Nossos sentidos são radares ultra sensíveis, atentos a qualquer estímulo. De repente, no meio de um riso solto somos alvejados por um dardo repentino de tristeza e nos vem aquela sensação inquietude, de não encontrar o bolso do coração para colocar as mãos e esconder seu tremor.
Com o intuito de esconder a tristeza sorrimos para a nostalgia e a beijamos com gosto de sangue na boca.
O que as pessoas não percebem é que existe uma alegria na tristeza, existe uma beleza oculta nas coisas tristes que a gente insiste em ignorar.
Há um mundo de pequenas emoções por trás delas, há mistério, há poesia, sonhos adormecidos que vêm nos tocar, músicas que inesperadamente vêm nos tirar para dançar,
há amores supostamente esquecidos, há o universo da nossa infância, o infinito amor por nossos pais, irmãos, amigos.
Há tanta história registrada na caixa preta das nossas emoções e nunca sabemos em que instante seremos obrigados a acessá-las. Por isso, não se cobre demais felicidade, mas também não corteje a tristeza.
Permita que ela venha te visitar, sente ao lado dela, tome um café, só não a convide para ser seu hóspede, não ofereça o cômodo mais importante da sua casa para que ela possa morar.
(Edna Frigato)
Boa tarde!
Boa noite!
Cida
Imagem da web
Hi!
I'm still around...(laughs)
For today, a text by Edna Frigato.
About Edna Frigato:
Edna Frigato is a writer and Geography teacher from São Paulo who became popular through the publication of her texts and poems on social networks.
"The beauty behind the sadness"
Although the world wants us to be happy all the time, we know that this is not possible.
Self-help demonstrations, the media, social networks try to sell us the utopia of perennial happiness at all costs, bombard us with this unreasonable charge and thus rob us of the right to sadness.
How can we be happy all the time if we can't be happy with pain and we are surrounded by pain, some of it ours, others of loved ones and there are still the pains of the world that reach us even from a distance.
We are a delicate gear triggered by a simple touch of thought, a smell, a taste, an image, a sound that immediately sends us back to memories, some happy, others not so much.
Our senses are ultra sensitive radars, attentive to any stimulus. Suddenly, in the middle of a loose laugh, we are shot by a sudden dart of sadness and that restless feeling comes to us, of not finding the pocket of our heart to put our hands in and hide our trembling.
In order to hide the sadness, we smile at nostalgia and kiss it with the taste of blood in our mouths.
What people don't realize is that there is joy in sadness, there is a hidden beauty in sad things that we insist on ignoring.
There is a world of small emotions behind them, there is mystery, there is poetry, sleeping dreams that come to touch us, songs that unexpectedly come to make us dance,
there are supposedly forgotten loves, there is the universe of our childhood, the infinite love for our parents, siblings, friends.
There is so much history recorded in the black box of our emotions and we never know when we will be forced to access them. So don't charge too much happiness, but don't court sadness either.
Allow her to come visit you, sit next to her, have a coffee, just don't invite her to be her guest, don't offer her the most important room in your house so she can live.
(Edna Frigato)
Good evening!
Goodnight!
Cida